Introdução
A capsulite adesiva (ou ombro congelado) é uma condição clínica caracterizada por dor e rigidez articular do ombro, de início insidioso e arrastado, porém de evolução autolimitada.
Pode resultar de aderências entre a cápsula e o osso, contratura de partes moles ao redor da articulação ou contraturas musculotendinosas.
Epidemiologia:
Patologia:
Segundo a classificação de Zuckerman, a capsulite adesiva é dividida em primária ou idiopática, quando não há um fator precursor da doença, e secundária em que há um fator causador conhecido, podendo ser dividida em intrínsecas, extrínsecas e sistêmicas
Quadro clínico:
Dor mal localizada no ombro, piora com os movimentos, piora noturna, inicio espontâneo e de piora progressiva, levando a restrição dos movimento, principalmente rotação externa, elevação e rotação interna.
Evolução:
Dividida em 3 fases:
Classificação:
Diagnóstico:
O diagnóstico é clínico e retrospectivo na maioria dos casos pois na fase inicial, a capsulite adesiva é bastante confundida com outras patologias e quando o diagnóstico é estabelecido, o paciente já procurou vários profissionais e submeteu-se a tratamentos variados. A dor insidiosa de evolução rápida, limitação de movimentos principalmente as rotações, sem nenhuma razão aparente é altamente indicativo da doença em curso.
Lembrar que o volume de líquido sinovial de um ombro normal está entre 20 e 25ml e na doença, esse volume cai para valores entre 3 e 15ml.
Tratamento:
Vários métodos de tratamento foram propostos, o que mostra a controvérsia no que diz respeito tanto a etiopatogenia como na forma de abordagem durante as fases da doença. Consenso apenas no fato de que o foco do tratamento está no combate a dor e mobilidade precoce.
O passo inicial está em identificar a fase evolutiva da doença em que o paciente se encontra e dividí-los em grupos
A manobra de manipulação da articulação glenoumeral é uma manobra que deve ser realizada por profissional experiente, pois não está isenta de riscos como fraturas, lesões no plexo braquial, lesões musculotendíneas e luxação. Inicia-se realizando elevação ampla do membro no plano da escápula. Em seguida, realiza-se cuidadosamente a abdução e rotação externa, seguida de nova elevação do membro no plano da escápula. Associada a manobra pode se realizar a distensão da articulação com anestésico e corticóide, prolongando o período de analgesia e permitindo a atuação do terapeuta. |