Em 1949 Boyd e Griffin classificaram as graturas transtrocanterianas de acordo com a possibilidade de obter e manter a redução e Evans as classificou em estáveis e instáveis. Em 1974, Tronzo subdividiu as fraturas em cinco tipos, tendo o tipo V um traço invertido, de lateral para medial e de distal para proximal, o que torna a fratura instável, porque o traço corre paralelo ao implante usado. Os tipos I e II são estáveis; no tipo II pode haver fratura do pequeno trocanter, mas sem cominuição posterior. Os tipos III e IV têm cominuição posterior; no tipo III a diáfise está medializada e o esporão proximal encaixado nela; havendo também fratura do grande trocanter, é classificada como III variante; no tipo IV a diáfise está lateralizada, o traço é mais vertical e a cominuição geralmente é maior. É interessante salientar que a radiografia simples em AP é suficiente, pelas características descritas acima, para distinguir a fratura estável da instável e classificar estas em tipo III ou IV. É importante, ainda, reconhecer o tipo V.
- Tipo I: Estável Sem desvio Traço simples
- Tipo II: Sem desvio ou discretamente desviada, estável Parede posterior intacta Trocânter menor pode ou não estar fraturado
- Tipo III: Grande fragmento do pequeno trocânter Parede posterior cominuída Esporão do calcar desviado para o interior do canal
- Tipo III variante: Traço vertical no grande trocanter que se desloca do fragmento distal
- Tipo IV: Cominutiva Afastamento dos 2 principais fragmentos Parede posterior cominuída Fragmento do colo desviado para fora ou medial à diáfise
- Tipo V: Obliquidade reversa